sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tratamento de hérnia de disco lombar por videoendoscopia


A Microdissectomia percutânea tem como objetivo diminuir a agressão aos tecidos operados, com redução do tamanho das incisões, trazendo menores riscos de complicações

Nos últimos 15 anos, iniciou-se de maneira crescente e sem retrocesso na Medicina o uso de videoendoscopia para tratamento de variadas patologias do nosso corpo. Inicialmente, foram as patologias abdominais tais como: vesícula biliar, estômago, hérnias de esôfago, pâncreas, cirurgias bariátricas. Depois passou a ser seu uso rotineiro em cirurgias ortopédicas tais como: joelho, ombro, quadril, entre outras. Essas técnicas cirúrgicas têm como objetivo diminuir a agressão aos tecidos operados, com redução do tamanho das incisões, mobilização precoce dos pacientes, pouco tempo de internação, com menores riscos de complicações como infecções, embolias pulmonares, hemorragias, demora de o paciente retornar às suas atividades cotidianas.
Nas patologias da coluna vertebral, também têm surgido novas tecnologias para tratamento de suas afecções. Essas cirurgias têm sido denominadas minimamente invasivas. Nos casos de hérnias discais da coluna lombar, temos várias técnicas de CMI. Com o uso de apenas uma pequena agulha é possível acessar o disco.
E agora, com emprego de uma pequena lente objetiva de videoendoscopia, visualizamos por um monitor de TV o disco com hérnia e onde deveremos retirar os microfragmentos, promovendo uma descompressão, sob visualização direta, da raiz nervosa, que forma o nervo ciático.
Trata-se uma técnica nova, porém, com bons resultados. O tempo de internação é de menos de 24 horas. O procedimento é realizado com uma sedação leve e anestesia local, apresentando baixos índices de complicações.
Deve se ressaltar que não é toda hérnia de disco que pode ser tratada com esse método. O diagnóstico e o tratamento devem ser feito por um especialista da área da coluna, de preferência com título da Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral.


Consultoria: Dr. Gilmar Saad
Contato: (61) 32347106.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fatores de crescimento celular (bio-estimulação),para o rejuvenescimento


O que é PRP?
PRP é a sigla dada para Plasma Rico em Plaquetas que representa a parte líquida do sangue total acrescida das plaquetas, as células que atuam nos processos de coagulação e cicatrização. Durante sua obtenção são retiradas as hemácias, células vermelhas.

Para que servem as aplicações de fatores de crescimento?
Os fatores de crescimento são sintetizados por estas plaquetas e estão envolvidos nos processos de cicatrização, coagulação e renovação celular. Desta forma utilizamo-los sempre que há necessidade de restaurar ou cicatrizar algum tecido, seja a lesão causada por fatores extrínsecos ou pelo próprio envelhecimento endógeno.

Em que consiste o tratamento? E quais as consequências?
O tratamento consiste em injetar com fina agulha o PRP na pele ou região a ser tratada. As consequencias são reestruturação tissular, principalmente, que se traduz por melhora da trofia e aparência local.

Qual o grupo-alvo?
Depende da patologia ou objetivo clínico e portanto pode variar de 20 a 80 anos, ambos os sexos e qualquer tipo ou cor de pele.

Quais as principais indicações da bio-estimulação por fatores de crescimento do Plasma Rico em Plaquetas?
Em estética recomenda-se seu uso nos tratamentos de rejuvenescimento, flacidez cutânea, estrias, queda de cabelo e cicatrizes atróficas.

E como atua o PRP?
Os fatores de crescimento aumentam a vacularização local por neoangiogênese, estímulo a síntese de colágenos, síntese de matriz extr-celular, proliferação de células endoteliais, estímulo a contração de feridas, quimiotaxia, ativação de fibroblastos e osteogênese.


Então o Plasma Rico em Plaquetas pode ser utilizado tanto como tratamento preventivo do anti-envelhecimento, como tratamento de rejuvenescimento?
Sim, nos casos preventivos, o PRP mantém o estímulo à produção de colágeno e elastina na pele que normalmente decai a partir dos 30 anos, além da manutenção da trofia dérmica. Nos casos de envelhecimento instalado há grande melhora da flacidez e elasticidade cutâneas e retorno de grande parte da estrutura da pele devido ao seu poder regenerador.

Porque a utilização do PRP não é tão conhecida no Brasil? E a quanto tempo você já domina está tecnica?
Na verdade o uso de PRP não é tão desconhecido assim. Há muitos anos os dentistas o utilizam em reintegração óssea e em casos de implantes dentários. No Brasil já temos estudos na área de otorrinolaringologia em casos de reconstrução timpânica e em cirurgia plástica em casos de queimaduras. Seu uso na estética sim é mais recente, mas os médicos que se atualizam já podem ver alguns trabalhos apresentados em congressos internacionais. Aqui em Brasília já fazemos o PRP há quase 3 anos. Em 2007 apresentei no II Congresso Brasileiro de Engenharia de Tecidos, Estudos das Células-Tronco e Terapia Celular trabalho sobre “O uso de fatores de crescimento em estrias” e em janeiro de 2008 levei o estudo de “Rejuvenescimento de face e pescoço com plasma rico em plaquetas” ao IMCAS- International Master Course on Aging Skin em Paris na França.

Algumas pessoas têm alergias a alguns tratamentos. Existem riscos de alergias ou transmissão de doenças no tratamento com o PRP?
Por ser autólogo, ou seja, do próprio paciente, a técnica não apresenta riscos de alergias ou transmissão de doenças. Além disso, como é colhido e aplicado na mesma hora, não se corre o risco também de contaminação durante armazenamento.
10. Qual protocolo de tratamento? Quantas aplicações podem ser feitas?
Em geral, recomenda-se 3 a 4 sessões uma vez por mês, mas pode-se variar em número de acordo com a resposta individual do paciente. Após 6 meses a um ano, novo tratamento pode ser iniciado.


Esta técnica é compativel com outros tratamentos? Quais?
Sim, a técnica não contra-indica nenhum outro tratamento estético e muitas vezes são combinados a outros procedimentos, pois a técnica restaura a pele mas não resolve por exemplo manchas e acne ou flacidez muscular. Usualmente, a pele envelhecida também apresenta outras características que necessitam de cuidados. Aparelhos de laser, peelings químicos e físicos, radiofrequencia, infra-vermelho, fios de sustentação, microcorrentes são exemplos de tratamentos que geralmente prescrevemos. Tudo depende de cada caso e por isso o tratamento sempre deve ser individualizado.

Existe alguma contra-indicação em relação a esta técnica?
O PRP não deve ser feito em pacientes portadores de doenças do colágeno, infecções locais e em casos de expectativa irreal.

Considerações Finais:
A busca pela qualidade de vida deve sempre ser encorajada assim como os velhos bons hábitos de comer bem, fazer exercícios moderados e beber muita água. Não há melhor receita de beleza do que sentir-se bem. Quando felizes irradiamos, o brilho nos olhos é visível e portanto a beleza verdadeira só será viável num corpo saudável. Não devemos deixar nos levar por ideais ou padrões apenas. O equilíbrio sim, nos faz belos. Além disso, quando optar por finalmente procurar ajuda profissional, objetivamente deve-se certificar da idoneidade e formação acadêmica do mesmo e ainda das instalações adequadas ao procedimento pretendido.


Consultoria: Dra. Rian Campelo
www.riancampelo.com.br

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Antienvelhecimento


INFLAMAÇÃO SUBCLÍNICA CRÔNICA: INIMIGA OCULTA DA LONGEVIDADE SAUDÁVEL

Diante do conhecimento científico atual, seria impossível falar de uma longevidade saudável sem dar atenção à um dos principais vilões do ser humano na vida moderna: Inflamação Crônica Subclinica. Quando falamos em inflamação, automaticamente recordamos de dor, calor, rubor e edema que são os sinais clássicos de uma inflamação aguda. Este mecanismo nada mais é que um esforço articulado do organismo para se autorreparar. Em resposta à agressão, o organismo orquestra uma série de respostas (aumento do fluxo sanguíneo, deslocamento de células de defesa-leucócitos, produção de substâncias vasodilatadoras, etc.) visando ao controle da infecção por patógenos externos (bactérias, vírus, fungos, etc.) e manutenção do equilíbrio interno (homeostase).
Bem, esta é a inflamação que nós vemos. Este tipo de inflamação é benéfico e precisamos dela para sobreviver. No entanto, as descobertas científicas têm apontado que este mecanismo pode perder o controle e se voltar contra nós mesmos. Um número cada vez maior de estudos aponta que a inflamação pode agir como precursora e afetar a evolução de muitas doenças crônicas, como doença cardiovascular (infarto, AVC, tromboembolismo, etc.), câncer, diabetes, obesidade, depressão, artrite, fibromialgia, hipertensão arterial e Alzheimer. Infelizmente, devido a uma série de desequilíbrios relacionados ao estilo de vida moderno (má alimentação, obesidade, sedentarismo, stress, infecções crônicas, poluição ambiental, alergias alimentares, etc) um número cada vez maior de indivíduos adquirem ao longo do tempo este estado “pró- inflamatório”. A incidência crescente destas doenças crônico degenerativas só vem confirmar este dado, apesar de todo avanço da medicina e da indústria farmacêutica.
Cada indivíduo deve ser avaliado detalhadamente em relação à presença e extensão de inflamação “oculta”. Isto requer uma historia clinica pormenorizada, hábitos alimentares, antecedentes clínicos, etc. Existe também um exame laboratorial relativamente simples chamado “Proteína creativa ultrassensível”.
PCR é uma proteína de fase aguda, sintetizada pelo fígado e regulada por citocinas, predominantemente a IL-6, o TNF- e a IL-1 . Embora o fígado seja a principal fonte de PCR, os adipócitos e o tecido arterial também a sintetizam. Seus níveis estão aumentados em resposta às infecções ativas ou ao processo inflamatório agudo. Elevações modestas dos níveis de PCR estão também presentes em situações crônicas inflamatórias, como a aterosclerose, e seus níveis aproximadamente triplicam na presença de risco de doenças vasculares periféricas. Dessa forma, tem sido descrito pela literatura a capacidade de a PCR predizer eventos cardiovasculares. Como pode ser observado nos dados do Physicians Health Study, depois de ajustar para múltiplos fatores de risco para doenças cardiovasculares (em especial a gordura visceral), aqueles indivíduos com altos níveis de PCR, independente do nível de colesterol, apresentaram grande risco de sofrer infarto agudo do miocárdio!


Como vimos, estilo de vida saudável favorece o controle da inflamação subclínica e, consequentemente, garante uma longevidade saudável. Aí vão algumas dicas:


1. Redução do sobrepeso/Obesidade: Hoje compreendemos que a massa de gordura corporal, principalmente aquela localizada na região do abdômen funciona como um reservatório de inflamação. Daí porque o diâmetro da cintura tem correlação direta com a incidência de doença cardiovascular. Segundo os critérios mais recentes da Federação Internacional de Diabetes, uma circunferência abdominal (medida à altura da cicatriz umbilical) ≥ 94 cm para o homem e ≥80 cm para a mulher já aumenta significativamente a incidência de de doença cardiovascular e diabetes nestes indivíduos.

2.Correção do desequilíbrio típico de nossa cultura alimentar ocidental no que se refere à desproporção entre o consumo de gordura poliinsaturada Ômega6/Ômega 3. Segundo os cientistas, a proporção ideal entre estas 2 gorduras seria em torno de no máximo 3:1. No entanto, em nossa dieta habitual esta proporção chega facilmente a níveis de 20:1 a 30:1. Isto se deve a consumo em muito maior quantidade de alimentos ricos em ômega 6 (óleos vegetais-soja, girassol, canola, etc.) que os ricos em ômega 3(salmão, sardinha, linhaça, etc). Isto leva a um desequilíbrio na formação dos mediadores inflamatórios (prostaglandinas, tromboxanos, etc.) levando à formação maior de mediadores mais inflamatórios, principalmente as prostaglandinas do grupo 2 (PGE2, PGF2, etc.)

3.Reduzir ao máximo o consumo de ácidos graxos do tipo TRANS (margarina, condimentos industrializados, frituras, etc). Hoje sabemos que a gordura trans é extremamente nociva para o coração, aumenta a taxa do colesterol ruim (LDL) e é a aterogênica.

4.Atividade Física Regular: Um sem número de evidências científicas mostra que o exercício físico reduz inflamação. Também melhora o sistema imunológico, fortalece o sistema cardiovascular, previne e corrige a resistência insulínica e é fundamental para combater os efeitos do stress.

5. Modulação das pausas hormonais principais (somatopausa, menopausa, andropausa, adrenopausa, tireopausa, melatopausa, eletropausa) Aqui vale ressaltar os Hormônios Bioidenticos, obtidos através de técnicas avançadas como engenharia genética recombinante e espectrofotometria, resultando em estrutura molecular tridimensional exatamente igual aos hormônios produzidos pelo corpo humano. Por esta razão, eles ocupam os receptores celulares com a mesma perfeição e exatidão que os originais. Ao serem absorvidos pelo organismo, é imediatamente reconhecido pelo DNA humano, o que promove o que é chamado de resposta terapêutica fisiológica, isenta de riscos à saúde, o contrário visto em hormônios com estrutura totalmente diferente e que favorecem o aumento da inflamação subclínica crônica (lembrem-se que todas as substâncias estranhas provocam alguma reação do nosso corpo!) e, por consequência, mais infarto, AVC e câncer.


Consultoria:Dra. Bianca Lustosa
www.clinicariancampelo.com.br